domingo, 3 de outubro de 2010 | By: Carolina Vieira

Mico é ter medo de pagar mico

Mico. Definido pelo dicionário seria um nome comum a diversos macacos calitriquídeos, mas o substantivo já é tão usado por nós, jovens, que meu novo Aurélio tem uma segunda definição para a palavra: vexame. Quantas vezes já pedimos “Mãe, não faz isso. Não me faz pagar mico.”?
Eu nasci com um dom maravilhoso: tenho uma cara-de-pau incrível. É claro, às vezes dá aquele anseio de fazer uma coisa sozinha, todo mundo olhando para você e só você. E a maioria das ocasiões que peço para minhas amigas me acompanharem em alguma atitude “micosa” elas dão a mesma desculpa: “Tá louca? Que mico!”
E quer saber? Vocês é que estão perdendo! Eu posso contar vários amigos, conversas, passeios, caronas, teatros, vantagens, trovas e risos – MUITOS risos – que ganhei por ter feito tal coisa mesmo com medo de mico.
No mercado de trabalho de hoje, ganha quem tem diferencial. Que me desculpem os tímidos, mas esse diferencial é o poder de falar, mostrar a cara e cativar as pessoas. E pessoas são atraídas por quem é autoconfiante e carismático.
Sempre que conheço uma pessoa nova, eu me apresento bem loucamente. Digo meu nome, pergunto o nome dela. Às vezes digo minha idade, puxo assunto. Se a pessoa me respondeu bem, valeu à pena. Se é rude comigo, também. Prefiro descobrir logo de cara quem ela é do que ficar “amiga” e só depois descobrir.
Enfim, se você é muito introvertido meu conselho é: Tire um dia para ir a um lugar totalmente diferente do seu cotidiano, se apresente às pessoas, fale sobre sua vida, pergunte sobre as delas. Se ela gostar de você e vice-e-versa, troquem telefones, e-mail, orkut ou twitter. Se não, você nunca mais vai ver ela na sua vida.
Por que você pode até pagar mico por fazer alguma coisa. Mas nunca pague um king-kong por deixar de fazê-la.

                                                                                                                                              Anne Carow

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