quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011 | By: Carolina Vieira

Prioridade do governo: Copa do Mundo

Ah! Cada vez que eu olho o noticiário na televisão, leio o jornal ou vejo as notícias na
internet me irrito ainda mais. Por que não há um canal de acontecimentos, uma edição de
jornal ou um site de informações que não relate as tragédias que estão acontecendo no Brasil.
Chuvas torrenciais que derrubam encostas aterrando casas e famílias, filas de pacientes
esperando nos hospitais, poluição descontrolada. E isso foi só nos dois últimos dias.
Não vou mentir, tem muita coisa que me irrita, e não sou lá uma garota muito
paciente. Fico realmente estarrecida ao ver pessoas que não abandonam os locais de riscos de
desabamento, pondo em risco suas e as vidas de seus familiares. Uma das entrevistadas no
Jornal do Almoço falou uma coisa que eu acho importante ressaltar; “Construa em área de
risco hoje e você pode sofrer amanhã”. Ah, se mais pessoas tivessem esse pensamento
formado, teríamos muito menos mortes neste ano de 2011 e em torno de 814 pessoas
poderiam estar a salvo, somente no Rio de Janeiro.
Em São Paulo, a chuva também está afetando seriamente, enchentes estão se
formando, causando danos e perdas. Um dos motivos para tal é a extrema poluição na cidade,
que polui os bueiros, impedindo a água de ir para o rio. Eis a simples, mas esclarecedora
explicação de um dos garis que estavam limpando a rua para que não houvesse mais tantas
enchentes: “Falta de educação”.
E os hospitais! Uma das questões principais que queria abordar era: Por que não há
espaço e atendimento suficiente nos postos de saúde? O Brasil não tem dinheiro para investir
em saúde? Ah, claro, mas para as reformas para a Copa tem, então?
E muitos políticos revidariam: Mas a Copa trará lucro e desenvolvimento do país com
toda certeza. AlôÔ? Saúde é desenvolvimento. Educação é desenvolvimento. Cuidado para
com mortes desnecessárias é desenvolvimento.
Está na hora de o governo parar de se preocupar com a imagem que os outros países
têm do Brasil e começar a se preocupar com a imagem que passa para o seu próprio povo.

                                                                                                                                   Anne Carow

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