sábado, 25 de setembro de 2010 | By: Carolina Vieira

Azarada coincidência

Não acredito em má sorte, apenas em coincidência. Se bem que a minha vida é a própria coincidência. “Não abra guarda-chuva dentro de casa que dá azar”, minha mãe falava enquanto eu via a sombrinha nova que ganhei. Com uma boa risada eu o abri com tudo, acertado a lâmpada da cozinha, que fez meu guarda-chuva novo pegar fogo. Pura coincidência.
“Não passa embaixo de escada”, ela me alertava na rua. Sai correndo e um pintor quase me acertou com a lata de tinta, quase fatal. Mas na hora do desvio acabei metendo o meu pé dentro de uma vala de esgoto.
 “Gato preto dá azar quando passa na frente da gente”, azar mesmo é quando passa um e você é atacada por três cachorros enormes. Muito azar mesmo. Mas nesse dia eu também quebrei meu espelho portátil e me lembrei: “espelho quebrado dá sete anos de azar”. Sem dar importância comecei a catar os cacos, e não é que um se enfiou embaixo da minha unha, me obrigando a tirar cirurgicamente a minha linda unhazinha pintada de azul pro Grenal? Era o fim pra mim.
“Não pode andar de costas dá azar”. Tá, confesso que isso foi bobeira minha, tentar fazer uma maratona correndo de costas. A única coisa que consegui foi cair em cima de um bando de pedregulhos. 
Mas como eu disse, eu não acredito em azar. Tudo não passa da coincidência e conseqüências anteriores. Por exemplo: é óbvio que se você ficar correndo com um garfo de metal, num campo aberto e ainda num dia de temporal, é ÓBVIO que você vai ser atingido por um raio.
Enfim, agora vou tirar os meus óculos e ir dormir, que depois de tudo que passei por hoje (que incluiria ter meu casaco preso na porta do trem, quase ter sido atropelada e outras coisas que não devem ser citadas). E assim me vou indo e... Droga! Meu óculos novo não!
                                                                                                               Kymhy Hendges Mattjie Amaral

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