Esses dias eu estava bem bela e feliz lendo mais um dos meus livros rápidos, esse livros que não tenham mais de 600 páginas, que com muito empenho você pode ler em dois ou três dias. Eis que me chega um colega e exclama:
- Nossa! Você já tá ai? Desde quando você tá lendo esse livro?
É verdade que aquele livro era fascinante e eu havia conseguido chegar à metade do livro em apenas dois dias. Quando respondi, ele ficou surpreso e, como se fosse um grande feito o que estivesse fazendo, falou:
-Faz dois anos que eu estou no mesmo livro, e ainda não terminei ele!
Com um sorriso ele se foi, me deixando de boca aberta.
Com o passar dos dias eu continuei minha leitura, até que numa tarde a professora veio com a nova proposta de livro. Uma novela que não passava mais de 100 páginas. Prontamente fui buscar no mesmo dia, e na mesma noite o terminei. Assim passei os dois dias seguintes lendo e relendo, memorizando a história inteira para a prova.
Quando o trabalho chegou – isso um mês depois – ainda havia gente que não tinha sequer lido, apesar de estar com o livro em mãos. “Não tive tempo” ou “era muito difícil” era isso que a maioria dos meus colegas respondia. Ao perguntar os motivos, percebi que todos foram causados por um mesmo problema: a internet.
Eis que eu cresci sem computador, tendo ganho o meu primeiro quando eu tinha apenas 12 anos. Nessa idade eu já tinha muito presente o hábito de ler livros difíceis (única diversão que eu tinha). Mas as pessoas que nasceram depois de mim, com no mínimo dois anos de diferença, já não têm isso, mais acostumadas com o “msnintês” e as charges da internet.
Podemos ver refletido hoje nos jovens o único problema da modernidade: eis que a internet facilita tudo, menos na compreensão, criatividade e raciocínio humano. Um computador não vai te explicar exatamente o que um livro do século XIX quer dizer, sendo que nessa época os costumes e gírias eram outros. O único jeito de você conseguir ler um livro completo e entender é: tirar uma tarde para deixar tudo desligado, sentar no sofá e se concentrar. No começo é difícil, mas não impossível. A prática leva a perfeição: vai chegar uma hora que você poderá ler um livro ater dentro de um ônibus lotado. Só assim o Brasil conseguirá sair de um país de terceiro mundo: quando o povo brasileiro entender para O QUE RELMENTE SERVE UM LIVRO.
Sendo assim, quando você terminar de ler esse texto, pense que o tempo que você perdeu para ler o que eu estava escrevendo, poderia estar lendo um livro de romance, terror, aventura, etc... Mas você pode começar a ler agora, é apenas desligar tudo, se sentar no sofá e começar a ler, entrando num mundo completamente diferente. É difícil, mas não impossível.
Kymhy Hendges Mattjie Amaral
1 comentários:
Penso que não importa o tamanho do livro que você está lendo ,mas sim a viagem que você faz a intensidade desta viagem e principalmente o quanto gosta desta viagem!!!
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